A banda vai passar por Porto Alegre nesta semana. Ou melhor, as bandas. O projeto Sonora Brasil traz à Capital quatro formações marciais de diferentes regiões do país para apresentações com entrada franca, desta terça até sexta-feira, no Teatro do Sesc (Avenida Alberto Bins, 665). As senhas podem ser retiradas na bilheteria do local entre 8h e 19h45min.
O Sonora está levando uma banda por mês a 11 cidades do interior do Rio Grande do Sul até dezembro. Mas, em Porto Alegre, o projeto toma forma de mostra, com apresentações em dias seguidos. Convidada local, a Banda Marcial do Colégio La Salle São João abre a programação tocando no Largo Glênio Peres, no Centro, a partir do meio-dia de terça (15).
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À noite, no Teatro do Sesc, é a vez da Corporação Musical Cemadipe, de Goiás, mostrar seu repertório de marchas e hinos, com atenção especial aos compositores goianos. Quarta é o dia da centenária Sociedade Musical União Josefense, fundada em 1876, em Santa Catarina. A mostra segue na quinta com a amazonense A Bandinha, que agrega elementos rítmicos regionais no repertório. Na sexta, quem anima o público é o Quinteto de MetaisUFBA, da Bahia.
– Para atrair os jovens, alguns grupos foram inserindo temas de filmes e arranjos conhecidos em seus repertórios. Não queremos trabalhar essa musicalidade, que já tem espaço garantido em outros canais de informação. Queremos resgatar repertórios históricos e originais, que recuperam também o passado desses grupos – afirma o curador Anderson Mueller, coordenador de Música do Sesc/RS.
Apresentação acústica para estimular sentidos
Para Mueller, as bandas marciais desempenham a função de sensibilizar e iniciar jovens na educação musical:
– Muitos músicos profissionais são oriundos dessas formações. Elas são o primeiro canal para muita gente conhecer teoria musical ou ter contato com algum instrumento.
O Sonora Brasil tem como objetivo despertar um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão da música no país. Para valorizar a autenticidade dos grupos participantes, as apresentações geralmente são acústicas.
– Ao microfonar um ou outro elemento, a gente perde o som genuíno, acaba distorcendo. Nesse sentido, é preciso dar um passo atrás e educar os sentidos dos ouvintes – diz Mueller.