Um dos mais longevos inquilinos do Planeta Atlântida, O Rappa é presença confirmada na edição 2017 do evento. Desta vez, a performance do grupo no festival marcado para 3 e 4 de fevereiro terá sabor especial: uma palhinha do show do DVD Acústico Oficina Francisco Brennand.
É o que garante o guitarrista Xandão. Em entrevista por telefone, o músico explica que o show d'O Rappa no Planeta será uma mescla entre seu espetáculo tradicional – elétrico, pesado – e a releitura das canções feitas para o projeto desplugado.
– Em 2015, fizemos um show no Carnaval do Recife. Às 3h da manhã, havia um mar de gente esperando por nós. Era um carinho que tínhamos que retribuir – comenta Xandão, justificando a escolha do local da cidade onde foi gravado o DVD.
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Na Oficina Francisco Brennand, O Rappa optou pelo acústico para valorizar o núcleo das canções – recurso interessante para uma banda que sempre abusou de camadas e texturas nas canções. Músicas como Pescador de Ilusões, Rodo Cotidiano e Anjos estão quase irreconhecíveis em versões mais "limpas".
Xandão justifica a escolha de desplugar os instrumentos:
– O formato acústico está desgastado, sim, mas porque foi mal trabalhado nos últimos anos. Eu o enxergo de outra forma. Começa que a captação acústica oferece uma quantidade enorme de possibilidades. Além disso, toda música nasce acústica, então voltar para isso é voltar para o que a composição tem de mais simples e puro.
Será uma oportunidade para sentir um gostinho do DVD, que foi lançado em 2016 e ainda não foi apresentado em show no Rio Grande do Sul. No Acústico Oficina Francisco Brennand, a banda gravou 17 músicas, sendo quatro inéditas, no espaço de criação do artista pernambucano de 89 anos.
– O show do Acústico é um processo que inclui trabalho de vídeo, cenário, há todo um contexto que não dá para transportar para um grande festival – comenta Xandão. – O que fazemos, então, é misturar canções do acústico sem deixar de descer a marreta (risos).
Xandão garante que, no Planeta, O Rappa está em casa:
– O Planeta é um marco na nossa vida. Não é só tocar, é viver essa história. Cada vez que pisamos naquele palco, lembramos de tudo o que já aconteceu nele, nos bastidores, nos amigos.