Uma das curadorias mais esperadas do fim de ano pelos amantes da literatura é a de melhores livros feita pelo The New York Times. Divulgada nesta terça-feira (3), a lista conta com cinco obras de ficção e cinco de não ficção publicadas em 2024. Conforme explicam os jornalistas responsáveis pela escolha, a ideia foi selecionar livros que "deixaram impressões duradouras".
"As histórias que ficaram gravadas em nossos corações e mentes, o exame de vidas que aprofundaram o que pensávamos que já sabíamos", descreveram.
Confira, abaixo, quais são os livros elencados pela publicação norte-americana.
Os melhores livros do ano
De Quatro, de Miranda July
- Editora Amarcord
Aos 46 anos, uma artista deixa o marido e o filho para fazer uma viagem pelos Estados Unidos. Entretanto, não muito tempo depois de sair de casa, ela se hospeda em um motel, onde vive aventuras intensas. É uma obra sobre desejo, liberdade e vida amorosa de uma mulher acima dos 40 anos no século 21.
Amar É Assim, de Dolly Alderton
- Editora Intrínseca
Um comediante com a carreira estagnada tenta entender por que seu último relacionamento chegou ao fim, enquanto percebe que a vida de todos ao seu redor parece estar muito melhor do que a sua.
James, de Percival Everett
O livro é uma releitura do clássico As Aventuras de Huckleberry Finn, só que narrando a história pela perspectiva do homem escravizado que o acompanha descendo o rio Mississippi. A obra será publicada no Brasil pela Editora Todavia em 2025.
Martyr!, de Kaveh Akabar
O protagonista Cyrus Shams é um poeta em recuperação de uma dependência química que ainda lida com a perda dos pais e fantasia com a própria morte. Mas uma pintura pode revelar um lado de seu passado até então desconhecido. Ainda não há publicação prevista no Brasil.
You Dreamed of Empires, de Álvaro Enrigue
Uma história de vingança colonial do México no século 16. Em 1519, o conquistador Hernán Cortés entra na cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México) acompanhado de oito capitães, suas tropas e dois tradutores, quando são convidados para uma refeição com a princesa de aço Atotoxtli, irmã e esposa do imperador Moctezuma. Ainda não há publicação prevista no Brasil.
O Crematório Frio: um Relato de Auschwitz, de József Debreczeni
- Editora Companhia das Letras (vai ser lançado em janeiro de 2025 no Brasil)
A obra é um relato histórico sobre os horrores vividos pelo autor no campo de concentração nazista, no qual passou por um ano de servidão e terminou no "crematório frio", como era chamado o hospital de Dörnhau, onde os prisioneiros fracos demais para trabalhar eram deixados para morrer. Publicado originalmente em húngaro em 1950, o livro só foi ser traduzido para outros 15 idiomas sete décadas depois.
Everyone Who Is Gone Is Here, de Jonathan Blitzer
Uma análise feita pelo repórter da revista The New Yorker sobre a crise global de imigrantes na fronteira sul dos Estados Unidos no período pós-Guerra Fria. Ainda não há publicação prevista no Brasil.
I Heard Her Call My Name, de Lucy Sante
Em um relato pessoal, a escritora conta como foi o seu processo de transição de gênero após mais de 60 anos vivendo com a identidade de um homem, em um alinhamento "interno e externo". Ainda não há publicação prevista no Brasil.
Reagan, de Max Boot
Uma biografia do 40º presidente dos Estados Unidos escrita por um historiador e analista de política externa, que já foi um grande admirador de Reagan, mas que hoje repensa as consequências de sua trajetória. "Não é exagero", escreve o autor, "dizer que você não pode compreender completamente o que aconteceu com a América no século 20 sem primeiro entender o que aconteceu com Ronald Reagan". Ainda não há publicação prevista no Brasil.
The Wide Wide Sea, de Hampton Sides
A história da terceira e última viagem ao redor do mundo feita pelo oficial naval inglês James Cook. Com início no Reino Unido, a jornada passa pela complexidade da cultura polinésia, contos de aventura em mar aberto e a raiva do explorador ao se dar conta das consequências do que ele e outros fizeram na expansão do mapa do poder da Europa. Ainda não há publicação prevista no Brasil.