Apresentador, humorista, ator, diretor e roteirista, Jô Soares, morto nesta sexta-feira (5), aos 84 anos, também deixou sua marca no mundo da literatura. O artista deixou sua contribuição em ao menos 10 livros publicados, incluindo O Xangô de Baker Street (1995), que ganhou adaptação para o cinema com ele próprio no elenco, e O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998).
Conheça um pouco da obra de Jô Soares abaixo:
Shazam! (1972)
Jô Soares escreveu o capítulo Os Dilemas do Fantasma e do Capitão América no livro organizado por Álvaro de Moya, que tem os quadrinhos como objeto de análise.
O Astronauta Sem Regime (1983)
A obra reúne contos, crônicas e poesias de Jô Soares focados no humor, traço mais marcante do trabalho do artista.
Humor Nos Tempos do Collor (1992)
Coletânea de crônicas e charges retiradas de jornais que retratam desde a posse até os escândalos do governo Fernando Collor. Além de Jô Soares, tem Luis Fernando Verissimo e Millôr Fernandes como autores.
A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994)
Mais uma obra escrita em parceria, desta vez com Armando Nogueira e Roberto Muylaert. Os autores relembram a trajetória da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1954, que quase ninguém viu, e a de 1950, que quase todos queriam esquecer.
O Xangô de Baker Street (1995)
Um romance "cômico-policial", que imagina a visita do célebre detetive Sherlock Holmes e do Dr. Watson ao Brasil. Jô mistura pesquisa histórica e humor, retratando personagens históricos como Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga e D. Pedro II. O livro ganhou uma adaptação para o cinema em 2001, que contava com o próprio Jô no elenco. A direção é de Miguel Faria Jr. e o longa tem o ator português Joaquim de Almeida no papel de Sherlock.
O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998)
Seguindo na escrita de humor, a obra é uma biografia do anarquista fictício Dimitri Borja Korozec, que percorre o mundo tentando cumprir a missão de matar tiranos entre 1914 e 1954.
Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005)
Mais um romance histórico, que se passa no Rio de Janeiro da década de 1920. A trama acompanha a investigação de uma série de homicídios de imortais da Academia Brasileira de Letras sob circunstâncias misteriosas.
As Esganadas (2011)
Jô explora novamente o tema dos assassinos em série na obra que aborda agora os anos 1930, com o início das tensões que culminariam na Segunda Guerra Mundial. Desta vez, o autor revela logo de início quem é o criminoso e conta as tentativas atrapalhadas da polícia para prendê-lo.
O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 1 (2017)
Escrito por Matinas Suzuki Jr., baseado nos relatos de Jô Soares, a obra percorre a vida do artista desde a infância até o início da carreira.
O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 2 (2018)
Continuação do trabalho realizado em conjunto com Matinas Suzuki Jr., o segundo volume aborda o auge da carreira de Jô Soares como humorista, ator, diretor e apresentador de TV.