Escritora, filósofa, cantora, modelo – Carol Teixeira aventura-se na arte sem medo. Depois de duas obras de contos e crônicas, Carol publicou seu primeiro romance, Bitch (Ed. Record), em julho deste ano. A escritora participa hoje do bate-papo Amor e sexo na pós-modernidade, com o poeta Fabrício Carpinejar, às 17h30min, na Sala Oeste do Santander Cultural.
Você vem à Feira para conversar sobre amor e sexo na pós-modernidade com o Carpinejar. Quais são as diferenças e as semelhanças entre o trabalho de vocês dois?
Adoro o Carpinejar. Curto muito o que ele escreve e acho que nós temos em comum o fato de usarmos nossas vidas como matéria para nossa arte e escrevermos bastante sobre amor, sexo e relacionamentos. Quanto às diferenças, eu diria que a visão dele é mais poética e a minha mais filosófica. São visões complementares, esse papo certamente vai ser uma delícia.
Como você vê a busca feminina por empoderamento e por um contato maior com a própria sexualidade?
Respeito todas as formas de feminismo, fico muito feliz de ser mulher numa época como a nossa, na qual as mulheres têm tanta voz e não se contentam em ter e ser menos do que merecem. Faço minha parte nesse movimento e sempre que alguma leitora fala de como algum texto meu ou meu livro fez ela se sentir mais poderosa e forte como mulher eu penso que estou no caminho certo.
A protagonista de Bitch é uma mulher muito dona de si. Que personagens inspiraram Princess e te inspiram?
Eu citaria a Sabina de Insustentável leveza do ser, do Milan Kundera, e a Simone, da História do olho, do Bataille (especialmente quando ele descreve sua protagonista com uma avidez “por qualquer coisa que perturbe os sentidos”). Fora da ficção, a Hilda Hilst (1930 – 2004) é uma figura que sempre me inspirou muito. Louca, hermética, pornográfica, adoro.