Uma das coreógrafas mais influentes da dança contemporânea, a americana Trisha Brown morreu no último sábado, aos 80 anos, em San Antonio, no Texas. A morte foi confirmada nesta segunda-feira por Barbara Dufty, diretora-executiva da companhia de dança de Brown, que desde 2011 estava sendo submetida a tratamento para demência vascular. Seu marido, o artista Burt Barr, havia morrido em novembro de 2016.
Em sua longeva e elogiada carreira, Trisha Brown criou mais de cem coreografias e seis óperas. Nascida na rural Aberdeen, no estado de Washington, a coreógrafa radicou-se em Nova York nos anos 1960, tendo fundado a Companhia de Dança Trisha Brown em 1970. Com o grupo, ascendeu a uma posição de proa na dança pós-moderna americana e mundial.
Do ponto de vista da criação artística, Brown notabilizou-se pela elaboração de métodos singulares de treinamento dos bailarinos que figuravam em seus espetáculos, abrindo novas possibilidades gestuais e simbólicas. De sua farta produção, o trabalho preferido era Set and Reset (1983), parceria com os artistas Robert Rauschenberg e Laurie Anderson que lhe rendeu prestígio mundial. A companhia de dança que leva seu nome hoje se encarrega de manter vivo o seu legado com a remontagem de espetáculos históricos e a preservação de seu acervo.
Trisha Brown deixa um filho, Adam Brown, e quatro netos, além de seu irmão, Gordon Brown, e sua irmã, Louisa Brown.