Entre tantos estilos no palco, o Blues Rock foi o grande vencedor do 1º Festival de Música Excelsior. E o responsável por isso foi Guto Konrad, de apenas 20 anos.O Festival foi realizado no sábado (10), no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul, com promoção da Excelsior Alimentos em parceria com a Rádio Atlântida, do Grupo RBS.
– Vencer um concurso desses, que tem vários estilos, fez eu me sentir representado de alguma forma. Então, percebi que estava realmente fazendo uma homenagem aos clássicos, que é a minha proposta. Muita gente fala que o rock morreu, e me senti nessa posição de levantar a bandeira do blues e do rock – afirma Guto.
O concurso contou com 10 finalistas contemplando gêneros musicais variados, como pop, MPB, sertanejo, rap, pagode, rock e música nativista. Antes de mostrarem seus talentos ao público, executando dois temas (que podiam ser autorais ou releituras), os competidores passaram por outras etapas classificatórias. A primeira foi uma seleção ocorrida nas dependências da RBS TV Santa Cruz, em 9 de maio. Nessa fase, um júri composto por profissionais da música e membros da Excelsior Alimentos e Grupo RBS avaliou os concorrentes. Depois, os escolhidos passaram por votação popular na internet entre 24 de maio e 2 de junho, que contou um ponto a mais na final para o vencedor desta fase. Na etapa final, os artistas mostraram o seu talento no Festival de Música Excelsior, ao vivo, durante a programação da 23ª Festa das Cucas. No Festival, os músicos foram novamente avaliados por uma banca julgadora.
O grande vencedor, Guto Konrad, levou como prêmio a gravação de um videoclipe e três músicas em estúdio, bem como um kit de produtos da Excelsior Alimentos. O segundo e o terceiro colocados, respectivamente, foram Fernando Morinelli (nativista) e Érika Gomes (sertanejo). Ambos também receberam um troféu e um kit de produtos da indústria de alimentos.
Conheça um pouco sobre a trajetória de Guto Konrad na entrevista a seguir:
De que maneira iniciativas como o Festival de Música Excelsior ajudam artistas em busca de alavancar suas carreiras?
Acho que o concurso é bom não só para artistas que estão na busca por alavancar a carreira com o prêmio. Mas, também, para gerar popularidade e dar foco à produção autoral, que acho ser uma coisa que está se perdendo bastante. As pessoas vão aos lugares e querem ouvir só cover. Penso que o artista se realiza mesmo na música autoral, e acho muito importante isso.
Como foi a preparação para este momento? E quais dicas daria a outros artistas que estão em busca de espaços como o do festival para mostrar o próprio trabalho?
A preparação para esse momento estava rolando direto nos últimos meses, porque estamos produzindo um álbum. Eu acabei de escrever um disco, e nós estamos arrumando as músicas. Creio que estive me preparando nos últimos meses para a primeira performance, para a primeira vez que eu fosse tocar as minhas músicas, que foi o que aconteceu, por acaso, no concurso. O que é melhor ainda, né?
E a escolha das músicas apresentadas, como se deu?
Tentei pegar duas músicas com refrões fortes. Também acho que as faixas escolhidas são um pouquinho diferentes e mostram que tenho esse lado rockeiro. Porém, tenho também um apelo para o rock radiofônico. Me atrai bastante músicas com estrutura pop, popular.
Quais lições tira do evento? E como pensa em aplicá-las em seu trabalho como artista?
A maior lição foi que é bom demais tocar o que a gente gosta e ser valorizado por isso. Tanto que logo depois que eu saí do palco, virei para o meu baterista e falei: “cara, a gente nem precisa ganhar porque foi tão divertido, foi tão legal!”. Tocar ao lado de artistas tão talentosos e ser valorizado pelo som que estamos fazendo é muito legal.
Como ficou sabendo sobre o concurso e por que resolveu participar?
Soube pelo meu pai. Ele me mandou um link e ficou ‘botando pressão’ para me inscrever. Em princípio, fiquei meio assim, pensando que não, que só tenho algumas demos, algumas guias e que não seria selecionado. Fiz a inscrição de última hora e foi a minha melhor escolha.
Como percebe o cenário musical em sua cidade?
Tem gente muito boa, muito boa mesmo, em Santa Cruz do Sul. São músicos incríveis, amigos. Mas acho que falta incentivo para a galera tocar mais seu próprio som. Conheço artistas com trabalhos incríveis que não tocam suas composições ou que raramente executam suas músicas.
De que maneira descreveria sua música para o público que ainda não conhece?
É um blues rock bem enraizado naquela coisa sessentista e setentista, feito por quem gosta muito de soul e de R&B. Contudo, com uma pegada mais moderna, mais pop, mais radiofônica.
O que diria aos jurados que aprovaram teu trabalho e às pessoas que te escolheram na votação popular?
Diria que é isso que faz o artista se realizar: reconhecimento. E ser reconhecido pelo que a gente faz, ainda mais em uma situação como essa, em que eu estava tocando as minhas músicas da forma como eu queria, foi ótimo.
Quais teus planos daqui pra frente, como músico?
Acima de tudo, terminar o disco. O clipe também, com certeza, e alguns outros materiais. O máximo de coisas que eu conseguir fazer. Tenho certeza de que o Alison Knak (proprietário e produtor do estúdio Boca de Sons, responsável pela gravação e produção das músicas do primeiro colocado), é um produtor incrível, e a Pé de Coelho (produtora responsável pelo clipe) é excelente também. A partir disso, quero tocar no maior número de lugares possíveis e alcançar o maior número de pessoas. E por aí.