William Friedkin, diretor vencedor do Oscar por Operação França (1971) e também indicado por O Exorcista (1973), morreu nesta segunda-feira (7), aos 87 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A morte foi confirmada à revista Variety pelo amigo dele, Stephen Galloway, reitor da Chapman University. A causa do óbito não foi divulgada.
Nascido em Chicago, em 29 de agosto de 1935, Friedkin teve uma carreira marcada por thrillers e suspenses, gêneros nos quais se especializou. Formado em Jornalismo, o diretor também tinha uma ampla experiência com documentários. Ele deixa a mulher, a executiva e ex-atriz Sherry Lansing, e dois filhos.
Em 1971, o cineasta esteve à frente de Operação França, um marco no thriller urbano. Com oito indicações ao todo, o longa levou cinco estatuetas no Oscar, incluindo a de melhor direção e melhor filme.
Friedkin veria a carreira tomar novamente grandes proporções com o lançamento de O Exorcista, que, segundo a Variety, arrecadou US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões na cotação atual) nas bilheterias de todo o mundo. O filme rapidamente mudou a história do cinema de terror, tornando-se um clássico do gênero e rendeu ao diretor a segunda indicação ao Oscar.
O cineasta também trabalhou em produções como The People vs. Paul Crump (1962), documentário sobre um homem no corredor da morte, e o polêmico Parceiros da Noite (1980), em que Al Pacino viveu um policial que investiga uma série de assassinatos na comunidade LGBT+.
O mais recente filme dirigido pelo cineasta, The Caine Mutiny Court-Martial (2023), ainda sem título no Brasil, está previsto para estrear no Festival de Veneza, que será realizado a partir do dia 30 de agosto. O longa conta com Kiefer Sutherland no elenco.