O ministro da Justiça Anderson Torres informou no domingo (13), em suas redes sociais, que já pediu a diversos setores que tomem providências cabíveis contra o filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, lançado em 2017 e atualmente disponível na Netflix. O longa, produzido por Danilo Gentili, está sendo acusado por alguns políticos e internautas de fazer apologia à pedofilia devido a uma cena em que o personagem de Fábio Porchat pede para ser masturbado por dois adolescentes.
"Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, atualmente em exibição na Netflix, determinei imediatamente que os vários setores da Justiça adotem as providências cabíveis para o caso", escreveu o ministro.
Embora o filme tenha sido lançado há cinco anos, a cena com Fábio Porchat e os atores Bruno Munhoz e Daniel Pimentel, menores de idade na época, viralizou neste final de semana. Figuras públicas e internautas começaram a denunciar o longa por supostamente incentivar a pedofilia. Também houve a cobrança de posicionamento da Netflix e pedidos para que a plataforma tirasse a obra do catálogo.
Diante da repercussão, alguns políticos se manifestaram sobre o assunto, como o deputado estadual André Fernandes (Republicanos-CE), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e o vereador de Niterói Douglas Gomes (PTC-RJ), que compartilhou o vídeo com a cena em suas redes sociais. "O repugnante filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola naturaliza a pedofilia a fim de normalizá-la. Já informei ao Ministério da Família ao qual oficiarei, assim como denunciarei ao Ministério Público (MP) e solicitarei informações ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) acerca dos procedimentos em curso", escreveu Carla no Twitter.
"Meu mandato fará denúncia junto ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público do Rio de Janeiro e ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Deixem nossas crianças em paz", disse Douglas.
O filme é baseado em um livro homônimo de Gentili, que atuou também como produtor do longa. Ele e Porchat sofreram duras críticas nas redes sociais e cobranças de posicionamento sobre o assunto. "O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo", escreveu Danilo.