O Globo de Ouro continua de pé, informaram seus organizadores nesta sexta-feira (15), apesar da decisão da emissora NBC de não transmitir a cerimônia, argumentando preocupação com suas posições quanto à diversidade e transparência.
A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), encarregada de votar no Globo de Ouro e que tem sido alvo de acusações de racismo, sexismo, intimidação e corrupção, afirmou que a premiação anual será anunciada no dia 9 de janeiro.
Ainda não se sabe, porém, como os prêmios serão anunciados e se haverá uma cerimônia.
O prestigioso evento geralmente abre a temporada de premiações de Hollywood e atrai uma constelação glamorosa ao tapete vermelho. Mas a emissora NBC cancelou a festa em maio, depois que vários grandes estúdios de Hollywood suspenderam os laços com a HFPA e estrelas como Tom Cruise e Scarlett Johansson criticaram o grupo.
Na época, os estúdios Netflix e Amazon disseram que não trabalhariam com a HFPA até que mudanças "significativas" ocorressem em seus quadros.
A polêmica foi gerada por uma reportagem de fevereiro que apontava que a associação não tinha membros negros, mas o descontentamento com o grupo assombra Hollywood há anos.
Neste mês, a HFPA admitiu 21 novos membros, dizendo que é o "maior e mais diverso" grupo em seus 78 anos de história, acrescentando que planeja uma expansão semelhante para o próximo ano. A associação também anunciou uma colaboração de cinco anos com a Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) para "aumentar a diversidade, justiça e inclusão na indústria de entretenimento global".