Estrearam nesta sexta-feira (24) os dois filmes que remontam a trajetória de Suzane von Richthofen e de Daniel Cravinhos, desde que se conheceram até a noite do crime que terminou com o assassinato brutal dos pais dela, Marísia e Manfred, em 2002. As produções A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais são estreladas por Carla Diaz e Leonardo Bittencourt e podem ser vistas no Amazon Prime Video.
Porém, desde que foram anunciados, os títulos foram cercados de polêmicas, com internautas afirmando, por exemplo, que os condenados receberiam direitos autorais pelas obras e que lucrariam com os filmes. E, para esclarecer esta dúvida, assim como trazer curiosidades sobre os dois longas-metragens, GZH preparou uma listinha com detalhes sobre eles.
Sem cachê para envolvidos no crime
Conforme divulgado pela produtora dos longas, a Santa Rita Filmes, nenhum personagem retratado nas produções receberá dinheiro, direitos autorais ou participação nos lucros. Ou seja, Suzane e os irmãos Cravinhos não terão nenhum ganho financeiro com as obras. Além disso, os integrantes do elenco ou membros da produção dos filmes não tiveram nenhum tipo de contato com os condenados pelo crime.
Investimento privado
Produzidas pela Santa Rita Filmes e com distribuição do Amazon Prime Video, as obras foram realizadas com investimentos exclusivamente privados, sem recursos governamentais, como da Lei Rouanet. Ambos os filmes foram concebidos para estrear nos cinemas, com sessões duplas, em abril do ano passado, mas a pandemia frustrou esses planos.
Baseados nos autos do processo
Os filmes sobre o caso Richthofen foram produzidos a partir de depoimentos e de informações que constam nos autos do processo, que é público — e foi justamente lendo o processo que os roteiristas perceberam que o casal tinha pontos de vista diferentes, dando a possibilidade de realizar duas obras distintas. O script foi escrito por Raphael Montes e pela criminóloga Ilana Casoy, que também é autora do livro Casos de Família: Arquivos Richthofen.
Gravados simultaneamente
A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais foram gravados ao mesmo tempo, durante 33 dias. O grande desafio era contar as duas versões da história, uma vez que os atores tinham de alterar as personalidades de seus personagens para gravar a mesma cena, uma para cada filme. Em conversa com GZH, Carla Diaz contou que era necessária “muita concentração" para conseguir fazer essas mudanças e que este foi o “maior desafio” de sua carreira.
Ex-Casa dos Artistas no elenco
Ambos os filmes começam sob o ponto de vista da polícia, que é chamada por Suzane após orquestrar a morte de seus pais. Ela afirma que deve ter sido um assalto. Quando o espectador entra na mansão dos Richthofen, acompanha a visão de um dos policiais, que é interpretado pelo ator Taiguara Nazareth, que fez a sua estreia na televisão na minissérie Presença de Anita e ganhou ainda mais fama por fazer parte do elenco da primeira versão da Casa dos Artistas, programa comandado por Silvio Santos em 2001.
Clipe da Kelly Key
O diretor dos dois filmes responde pelo nome de Mauricio Eça e já comandou alguns projetos em sua carreira, mas a maioria com estilos bem diferentes destes que retratam o caso Richthofen. Em seu currículo, obras como Carrossel: O Filme, Carrossel 2: O Sumiço de Maria Joaquina e A Garota Invisível mostram isso. Então, foi uma grande guinada comandar estes projetos. Porém, o que mais chama atenção é um de seus primeiros grandes projetos como diretor, em 2005: o clipe da música Sou a Barbie Girl, interpretada por Kelly Key.