Formato de cinema que tem ressurgido no Brasil em meio às orientações de distanciamento social por conta da pandemia de coronavírus, o drive-in deve estacionar também no Rio Grande do Sul. Há pelo menos três projetos em estudo para serem implementados no Estado.
O grupo Cine + Arte prepara a instalação de dois cinemas drive-in: um em Xangri-Lá e outro em Montenegro. Segundo a arquiteta e urbanista do projeto, Letícia Kauer, ambos devem ser inaugurados daqui a um mês e meio, se tudo seguir os conformes.
— Em Xangri-lá, estão sendo resolvidos trâmites burocráticos com a prefeitura. Depois disso, iniciam as obras, que devem durar 20 dias. Em Montenegro, ainda estão sendo estudadas as propostas de lote para a instalação do drive-in — relata Letícia.
Em Xangri-Lá, o drive-in será instalado ao lado do Hospital e Centro Clínico Lifeday, no bairro Santorini. A propriedade, assim como em Montenegro, será locada e terá estruturas móveis, por isso a ideia é expandir o projeto para outras cidades do Litoral Norte e mantê-lo mesmo após o fim da pandemia.
— Os filmes, no início, serão os das plataformas da Warner, Universal e Paris Filmes que foram liberados para a retomada dos cinemas. Depois, conforme forem liberando lançamentos, será simultâneo com as salas de cinema. Teremos também filmes clássicos que fizeram sucesso no passado — comenta o proprietário do Cine + Arte, Ewerton Brandolt.
Já a rede GNC Cinemas (com salas nos shoppings Praia de Belas, Moinhos e Iguatemi) está avaliando a possibilidade de promover um cinema drive-in em Porto Alegre. Segundo o diretor da rede, Ricardo Difini Leite, que também é presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), estão sendo analisadas as vantagens e desvantagens do formato:
— Nós estamos avaliando se vamos fazer parceria, se será um projeto provisório ou por um período mais longo, que a gente invista para ser mais definitivo. Estamos fazendo um estudo, um rápido plano de negócio.
Segundo Difini, caso a GNC decida pelo drive-in, o projeto piloto deve ser iniciado na Capital por ser o maior centro entre as regiões onde a rede atua.
— Faríamos um piloto para verificar se é um modelo que pode dar certo a médio e longo prazo. E, depois, implantar em outros locais — destaca.