Os cinemas nacionais não tiveram estreias nesta semana – nem público. Dados coletados pelo Filme B, portal especializado no mercado cinematográfico, dão conta de que nesta quinta-feira (19) menos de 800 pessoas assistiram aos 10 títulos mais bem colocados no ranking de público brasileiro. São números devastadores para os exibidores, que se revertem para uma renda de pouco mais de R$ 10 mil.
As explicações são óbvias, já que, em meio à pandemia de coronavírus, as grandes metrópoles já decretaram o fechamento de salas de cinema. E, mesmo nos locais em que estabelecimentos seguem abertos, as recomendações sanitárias pedem que a população evite aglomerações e locais fechados.
Em média, cada filme teve cerca de um espectador nesta quinta. Mesmo o líder de bilheteria, Bloodshot (Sony), estrelado por Vin Diesel, teve apenas dois espectadores por complexo. Uma quinta-feira “comum”, em comparação, registraria, em média, 409 mil pessoas, o que revela uma redução de 99,8%.
Com cerca de 3,5 mil salas de cinema atualmente, o Brasil fechou 3.210 delas nas últimas semanas, para conter o avanço da covid-19, segundo levantamento do Filme B Box Office. O número representa 91,7% das telonas com programação suspensa.
Em entrevista a GaúchaZH na última quarta-feira (17), o diretor do Filme B Paulo Sérgio Almeida afirmou que a indústria está a caminho do “colapso total”.
— Estamos diante de um problema maior do que nós, que nunca enfrentamos antes. É algo inédito — afirmou.
Até o momento, mais de 50 longas-metragens tiveram lançamentos reprogramados no Brasil, entre eles os esperados Mulan, Viúva Negra, Velozes e Furiosos 9 e 007: Sem Tempo Para Morrer.
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