A primeira impressão sobre Imagem e Palavra, filme de Godard que estreia nesta quinta-feira (14/3) nos cinemas, pode ser a de mais do mesmo. E é. Desde o monumental História(s) do Cinema (1999), o cineasta recicla algumas ideias (a colagem de registros antigos, um ensaísmo radical e antidramático) em filmes que parecem reafirmar o propósito de sua obra-prima de 20 anos atrás: a despeito da possibilidade infinita de criar narrativas a partir da fragmentação e da sobreposição de imagens, uma característica da contemporaneidade, há uma crise advinda justamente do excesso — como se tudo já tivesse sido organizado e reorganizado, esgotando as possibilidades de discurso.
Crítica
Depois do "adeus à linguagem": novo filme de Godard ressalta poder de reinvenção das imagens
"Imagem e Palavra" estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros
Daniel Feix
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