Com filmes e documentários muito diferentes, o Festival de Veneza chorou, nesta quarta-feira (5), pelas vítimas do terrorismo e de atentados. Um filme de ficção, que foi chamado pela Hollywood Reporter de uma celebração da resiliência humana, chamou a atenção.
Amanda conta a história de um jovem que precisa cuidar da sobrinha de sete anos após a morte da mãe dela em um atentado em um parque da capital francesa.
Apesar de ser ficção, o diretor francês Mikhael Hers buscou inspiração no trauma provocado pelos atentados de 13 de novembro de 2015, que deixaram 130 mortos na Cidade Luz.
— O filme não é uma tese social. Não é um argumento político. Na verdade, vem do que escutei de sobreviventes ou de familiares de vítimas. A história explora o sentimento da perda de alguém em um episódio de dimensão nacional, que acaba no imaginário coletivo. As pessoas ficam privadas do próprio luto. — diz Mikhaël Hers.
As primeiras críticas para Amanda foram positivas. A revista Hollywood Reporter disse que o filme era uma celebração da resiliência humana.
No ano passado, a televisão francesa teve de suspender a estreia de um longa sobre o ataque contra a Casa de Shows Bataclán após protestos de familiares das vítimas.
O Netflix exibe desde maio um documentário baseado em testemunhos de sobreviventes.