Salma Hayek reivindicou dos atores de Hollywood, neste domingo (13), que aceitem diminuir seus salários em prol da igualdade na profissão. A declaração foi dada durante o Festival de Cannes.
– Os produtores não são os únicos que devem agir para acabar com a brecha salarial. Os atores também – disse a atriz e produtora mexicana.
– É hora de serem generosos com as atrizes – acrescentou no dia seguinte de participar de um protesto histórico junto com outras 82 mulheres da indústria do cinema que exigiram o fim da discriminação no tapete vermelho do evento.
–Se o orçamento de um filme é de 10 milhões de dólares, a estrela masculina deve entender que, se pede 9,7 milhões, será difícil obter igualdade salarial – afirmou.
Em seu primeiro Festival após o escândalo Weinstein, Hayek, que acusa o produtor americano de assédio sexual durante as gravações do filme Frida, voltou a abordar o assunto. Weinstein teria pedido em diversas ocasiões para tomar banho com a atriz, deixá-lo ter um contato sexual e se despir na frente dele junto com outra mulher. O produtor nega as acusações. Para Hayek, trata-se de uma "estratégia de advogados" para desacreditar "mulheres 'de cor' que o acusam", como a atriz Lupita Nyong'o (Pantera Negra e 12 anos de Escravidão).
– Felizmente somos em número suficiente. Se não, ninguém acreditaria em nós – declarou a atriz.