Força da natureza. Divisor de águas. Gênio. Visionário. Superlativos transbordam no documentário A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro para dimensionar a importância do jornalista gaúcho que saiu de Passo Fundo e consagrou-se no Rio de Janeiro jogando gasolina na fogueira das vaidades que iluminava a imprensa e a vida cultural do Brasil sob a ditadura militar. Usualmente fartos em tributos laudatórios, elogios de tal monta vestem muito bem no biografado pelos diretores Leo Garcia e Zeca Brito. E são contrabalançados por aqueles (poucos, diga-se) que lembram de um Tarso sem caráter, irresponsável, mulherengo, alcoolista e perdulário, entre outras impressões que embaralham o homem e o mito que deixou marcas em amigos, inimigos, afetos e amores.
Músculos e fúria
Documentário ilumina trajetória faiscante do jornalista Tarso de Castro
Gaúcho de Passo Fundo fez história no Rio de Janeiro à frente do semanário O Pasquim e foi um dos grandes personagens da imprensa e da cultura brasileiras no Brasil sob ditadura militar
Marcelo Perrone
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