Em 1987, o operário negro Júlio César de Melo Pinto foi executado pela Brigada Militar ao ser confundido com assaltantes. O crime ganhou notoriedade com os registros do repórter fotográfico de Zero Hora Ronaldo Bernardi, que flagrou o momento em que Júlio César foi algemado e colocado em uma viatura da BM, na Avenida Bento Gonçalves. Pouco depois, o fotógrafo acompanhou a chegada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) do corpo do operário, morto com com um tiro na altura do abdômen. Esse é o tema do documentário independente O Caso do Homem Errado, como o episódio ficou conhecido, dirigido por Camila de Moraes e produzido por Mariani Ferreira. O longa-metragem estreia no dia 22 de março no CineBancários (Rua General. Câmara, 424, centro da Capital).
O documentário foi exibido em 2017 no 45º Festival de Cinema de Gramado e no 9º Festival Internacional de Cine Latino de Punta del Este. No próximo dia 22, após a sessão das 19h, haverá um debate aberto ao público sobre temas relacionados ao filme, como racismo e a questão do genocídio da juventude negra no Brasil, com a presença da advogada Karla Meura, da produtora executiva Mariani Ferreira e do major da Brigada Militar Dagoberto Albuquerque da Costa. A mediação será do jornalista Airan Albino.