Um dos diferenciais do 44º Festival de Cinema de Gramado para as edições anteriores está no tapete vermelho, que agora se estende do Palácio dos Festivais e percorre toda a Rua Coberta. O momento dos atores e cineastas se deslocarem até as suas sessões ganhou contornos de show: são tocadas as trilhas sonoras relacionadas aos filmes concorrentes, e os homenageados reveem suas trajetórias em televisores. Além, é claro, da recepção calorosa do público.
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– Todo o festival está com um novo conceito. Eu estou tirando o produto de dentro do palácio e levando para as ruas. O show que virou a Rua Coberta, que antes não era nada, lota de gente para ver a Sônia Braga ou o Tony Ramos. Os homenageados passam a rever a sua história. Eles não apenas atravessam por ali, mas param e reveem suas carreiras, e as pessoas os apoiam nesse sentido – explica Edson Erdmann, diretor artístico do festival, que tem experiência em eventos como o Natal Luz e o programa Criança esperança. – O que eu vim fazer foi tirar o festival de dentro do Palácio e transformar a sétima arte numa coisa mais popular – completa.
No entanto, nem sempre tudo sai como o planejado. José Mojica Marins não pode comparecer para receber o Troféu Eduardo Abelin. Sua filha, Liz Marins, veio em seu lugar. Porém, chovia torrencialmente no momento do tapete vermelho. No trajeto, Liz foi acompanhada de figurantes góticos e encenou movimentos vampirescos.
Para as próximas edições, Edson vislumbra um algo mais internacional para o evento:
– Eu quero botar o Festival de Gramado em contato com o mundo do cinema. Este ano eu conseguir trazer o Festival de Sundance. Ano que vem eu quero tentar Cannes, Berlim e a Academia do Oscar.