Nas décadas de 1940 e 1950, a maior parte dos músicos de Porto Alegre trabalhava na Rua Voluntários da Pátria. Uma sucessão de inferninhos se enfileirava desde o Mercado Público, na área central, até a Boate da Mãezinha, já à beira da zona norte da Capital. No percurso, luziam placas de neon com nomes de cabarés como Castelo Rosado, Tropical, Mocambo, Balalaica e Saint Claire, mas nenhuma brilhava mais do que a da American Boate. Abrigada em um casarão com chafariz nos jardins, ela tinha uma clientela formada especialmente por fazendeiros endinheirados — ou por gente que se fazia passar por tal. Lá pelas tantas da noite, a brincadeira dos boêmios era tirar os sapatos e caminhar, trôpegos, mas sem escorregar, pelas bordas cheias de limo do chafariz.
"Rua do pecado"
Notícia
Rua Voluntários da Pátria: o reduto da boemia porto-alegrense nas décadas de 1940 e 1950
As boates contratavam conjuntos de samba, choro e seresta, além de orquestras de tango
Paulo César Teixeira - interino
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