A pandemia tirou o Carnaval das ruas, mas não da página do Almanaque Gaúcho. Para nossa alegria, e para impedir que a festa popular mais colorida passe em branco neste atípico verão de 2021, nossa coluna conta mais uma vez com o talento do artista Vitório Gheno, de 97 anos. As aquarelas do mestre registram quatro momentos das celebrações pagãs do Reinado de Momo: o Entrudo, o Corso, o Carnaval no Rio de Janeiro e o Carnaval em Veneza. Na visão de Gheno, isso é o melhor do Carnaval de todos os tempos.
Nos primórdios, era o Entrudo, com suas brincadeiras um tanto violentas. Chegou ao Brasil trazido pelos portugueses por volta de 1641. Consistia numa “guerra” de farinha, baldes d’água e limões de cheiro. Os participantes se divertiam nos três dias que precediam a quaresma. Acabou sendo reprimido pela polícia para evitar conflitos e abusos.
Já o Corso era um desfile de carros conversíveis e ornamentados pelas ruas da cidade, com os foliões fantasiados sobre eles jogando confetes, serpentinas e águas de cheiro uns nos outros ou em quem assistia à alegre carreata.
O Carnaval do Rio, suspenso neste ano, é, talvez, o maior espetáculo da Terra. Desde 1932, as escolas de samba participam de um concurso que elege uma campeã. Mulheres lindas e seminuas sempre foram uma característica dessa festa.
O Carnaval de Veneza, na Itália, é conhecido pelo luxo e pelas máscaras originais que escondem a identidade dos foliões e permitiam, no passado, que a nobreza se misturasse ao povo.
Desfrutem o belo visual das imagens publicadas e relembrem, em segurança, os velhos e eternos carnavais.