Nesta sexta-feira (27) é comemorado o Dia do Circo. A escolha da data é uma homenagem a Abelardo Pinto, o famoso palhaço Piolin, que nasceu em 27 de março de 1897, em Ribeirão Preto (SP), e morreu em 1973.
Esse tipo de espetáculo, agora, é associado a apresentações suntuosas, como no caso do Cirque du Soleil, companhia multinacional canadense. Mas eu sou de outra época, de quando havia, além da lona, serragem no chão, domador de feras, uma bandinha, malabaristas, trapezistas e palhaços, é claro.
Me refiro àqueles que eram montados na Praça Piratini, na década de 1950, onde hoje está o Shopping João Pessoa. Circos grandes, com três picadeiros, como o Sarrasani, Tihany, ou outros menores como o Circo Real Palácios, no qual, em 1970, fiz fotos para uma página central de Zero Hora, quando este esteve armado em frente ao edifício dos Caixeiros Viajantes, no encontro da Avenida Borges de Medeiros com a Rua João Alfredo, onde, atualmente, está uma das alças do viaduto, no Largo dos Açorianos.
Sem esquecer, ainda, os mais mambembes e indigentes, como um que fotografei em toda a sua comovente simplicidade, em Viamão, muitos anos atrás. Há quem diga que enquanto houver crianças o circo não morrerá. Que assim seja. Mesmo sem os recolhedores da caca do elefante, sem o estalar do chicote ao rugido do leão, mas com a eterna alegria dos palhaços, como Piolin, Arrelia ou Carequinha.