Nos primeiros anos da década de 1960, um grupo de pessoas liderado pelas professoras Maria Helena Dutra e Giseli Bueno Pinto promoveu, na Biblioteca Infantil Salzano Vieira da Cunha (sediada na Caixa D’Água), uma exposição retrospectiva da história de Dom Pedrito. Para que o evento fosse realizado, os organizadores solicitaram o auxílio da comunidade pedritense por meio de empréstimo de objetos antigos, documentos e fotos de caráter histórico.
O senhor Paulo Firpo (foto abaixo), uma figura especial da cidade, profundo conhecedor da história do município, excepcional memorialista e colecionador de várias peças de interesse, foi um dos que gentilmente compartilharam seu acervo. A mostra foi um grande sucesso. Após seu encerramento, ficou, entre todos, um sentimento de que aquele resgate não deveria se dispersar. O resultado disso, incentivado e capitaneado por Paulo Firpo, foi o lançamento da ideia da criação de um museu municipal.
Em 1968, mais pessoas se juntaram ao grupo de Paulo Firpo, entre elas o prefeito da época, Crispim Chaves da Cruz, a professora Suzana Correa, Egídio Guanzati, Demétrio Barbieri, Severo Pacielo, entre outras. No dia 23 de abril de 1968, promoveram a fundação do que se denominou Museu Ponche Verde. A partir dessa data, muitas famílias doaram objetos pessoais ou de cunho histórico, além de documentos e relatos de suas memórias, enriquecendo o acervo da instituição. Finalmente, no dia 26 de abril de 1971, data do aniversário de Paulo Firpo, o museu foi inaugurado.
A primeira sede foi na Rua Bernardino Ângelo – Casa Paroquial –, em um salão alugado pela prefeitura. Com a súbita morte de Firpo, em março de 1974, o museu foi reinaugurado em 26 de abril com o nome do seu mentor, por meio de uma proposição da Câmara Municipal, de autoria da vereadora Solange Royes, uma justa homenagem à memória de Paulo Firpo. O museu mudou-se, então, para uma sala na prefeitura, ali permanecendo por vários anos.
Em 1987, instalou-se em sua sede própria, na Rua Júlio de Castilhos, número 1.060. O local (um prédio construído em 1903) foi doado pelo extinto Partido Libertador, presidido por Eleutério (Teco) Almeida Brum, sendo prefeito na época o doutor Quintilhano Machado Vieira. Em 30 de outubro daquele ano, o Museu Paulo Firpo se instalou, definitivamente, em sua nova sede, guardando, divulgando e preservando, em seus 50 anos de existência (mantido pela prefeitura com o apoio de uma associação de amigos), a história e a cultura de Dom Pedrito.
As comemorações pela data iniciam-se no próximo domingo, dia 22, com a celebração de uma missa, às 18h, em ação de graças pelo cinquentenário e em memória de seu patrono, e seguirão na segunda-feira, às 19h, na sede do museu.
Colaborou Adilson Nunes de Oliveira, diretor do Museu Paulo Firpo