No século passado, especialmente na sua primeira metade, os almanaques de farmácia eram uma das formas mais populares de se fazer propaganda e estimular a leitura.
Eles continham todo tipo de informação: calendário, fases da Lua, efemérides, as mais diversas dicas, serviços e, naturalmente, propaganda de medicamentos. Eram uma forma primitiva de marketing dos laboratórios farmacêuticos, que atingiam um amplo público, associando as suas marcas a informações relevantes e muito úteis aos leitores. Distribuídos gratuitamente nos balcões das drogarias, os almanaques buscavam os interesses da hora para chamar a atenção dos consumidores.
O Livro de Monogrammas, brinde da The Sydney Ross Co., é um bom exemplo. No pequeno formato de 9cm x 13cm, com 32 páginas, que cabia no bolso, trazia "4 alphabetos completos", permitindo a execução de bordados com modelos de nomes "para alegrar lencinhos ou vestidos das meninas, em ponto de haste ou cadeia, ou em ponto cheio, próprio para camisas de homens".
Recomendava "as gentis leitoras para fazer uso de uma folha de carbono e papel transparente, a fim de obter bom resultado no acto de compor e decalcar os monogramas".
Você teve um monograma bordado no bolso do seu guarda-pó escolar?
Colaborou Pedro Haase