Os filhos da segunda geração de imigrantes italianos da serra gaúcha, na década de 1930, já eram chamados para servir ao Exército Brasileiro. Foi o caso de Fiorindo Molon, que, se estivesse vivo, completaria, neste ano, um século. Natural de Otávio Rocha, distrito de Flores da Cunha, ele serviu em Vacaria, no ano de 1936. Entre as fotos guardadas pela família, algumas imagens são históricas, com mais de 80 anos, de quando o Exército, através do 3º Batalhão de Sapadores, envolveu-se na abertura da rodovia BR-2 (atual BR-116), que uniria Vacaria ao Passo do Socorro, na divisa com o vizinho Estado de Santa Catarina. Para a realização do trabalho, foram utilizados instrumentos muito rudimentares.
Segundo Luiz Fernando Zanella (filho do capitão da reserva Enio Alfredo Zanella, que serviu em diversas unidades de Batalhões Rodoviários e de Engenharia), o Batalhão de Sapadores tinha sua sede no antigo Aeroporto de Vacaria. De acordo com a Wikipedia, a palavra "sapador" tem origem em "sapa", que consiste numa espécie de sachola ou pá metálica, antigamente usada pelos soldados empenhados em tarefas de engenharia militar.
A palavra "sapa" passou a significar, em sentido lato, todos os trabalhos feitos por sapadores ou com o uso de sapas (sacholas/pás). Para os colonos italianos, a palavra "sapa" também tinha o significado de enxada, com a qual trabalhavam na terra.
Colaboração de Floriano Molon, pesquisador da imigração italiana e sobrinho de Fiorindo Molon.