Ontem (08/02) circulou a última edição impressa do jornal semanário Correio Riograndense, de Caxias do Sul. A partir de hoje, as edições poderão ser conferidas pelos leitores apenas na plataforma online (www.correioriograndense.com.br). A trajetória do Correio Riograndense, pertencente à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, teve início em 1909, quando as edições eram publicadas em língua italiana, com o nome de La Libertà. À época, conforme relato histórico no site do jornal, o sacerdote diocesano padre Carmine Fasulo era o editor. Com pouco tempo de vida e ameaçado de fechar, o semanário foi adquirido pelo pároco de Garibaldi, para onde transferiu a tipografia e a redação, trocando o nome para Il Colono Italiano.
Em 1917, o frei Bruno de Gillonnay adquiriu a tipografia e a redação, dando-lhe o título de La Staffetta Riograndense – settimanale catolico de la colonia. Em 1941, com a eclosão da II Guerra, veio a proibição da publicação de jornais em língua estrangeira. O semanário passou, então, a ser publicado em português, com o atual nome, Correio Riograndense. O Correio permaneceu em Garibaldi até 1952, quando retornou para Caxias do Sul. É editado pela Associação Literária São Boaventura – e impresso pela Editora São Miguel, que foi criada nesse período e sediada no bairro Rio Branco.
"O Correio Riograndense foi sacerdote, catequista, técnico agrícola, cozinheiro, professor, biblioteca... Foi um jornal de fé e confiável", resume Avelino Ló, morador de Garibaldi e ex-agente que, por 40 anos, deu assistência, naquele município, aos leitores do jornal.
A atual plataforma online foi criada em 2 de setembro de 2015, mesmo ano em que foi lançada a versão impressa totalmente a cores. As edições em papel, com tiragem de 12 mil exemplares, eram distribuídas às quartas-feiras, até esta semana, na região da serra gaúcha.
Colaborou Alana Fernandes, do jornal Pioneiro, de Caxias do Sul