Conhecer o real cenário de doses faltantes para completar o esquema vacinal da CoronaVac no Rio Grande do Sul ainda levará um tempo, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Para chegar a esse número, a SES precisa aguardar que as prefeituras atualizem os dados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). A pasta informou, no início da tarde desta quinta-feira (20), que segue monitorando e analisando as informações para definir possíveis medidas de apoio, como remanejamento de ampolas.
Levantamento realizado na quarta-feira (19) mostrou que, do total de 1.650.580 doses distribuídas pelo governo estadual aos municípios para segundas doses da CoronaVac, ainda faltava aplicar e/ou registrar 538.755 doses no sistema.
Falhas nos registros e migrações entre cidades — pessoas que tomaram a primeira dose em um lugar e agora precisam ir a outro — estão entre as hipóteses para se ter a real ideia do andamento da campanha. Segundas doses terem sido usadas como primeiras doses podem ser outro complicador. Ana Costa, diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, explica que é preciso aguardar:
— Só vamos conseguir ter exatidão sobre as possíveis dificuldades após os municípios aplicarem todo o quantitativo que enviamos e registrarem no sistema.
Desde janeiro, de acordo com a SES, foram distribuídas 1.647.470 doses da Coronavac aos municípios gaúchos para aplicação da primeira dose em grupos prioritários, seguindo a ordem do PNI e também conforme pactuações entre Estado e municípios — representados pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).
Matematicamente, foram repassadas doses suficientes para completar a imunização de todas as pessoas que receberam a primeira dose de CoronaVac, fabricada pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo (SP).
— Conforme os municípios forem vacinando e registrando, vamos continuar acompanhando para entender a situação de cada local e atuar em conjunto com os gestores na busca de soluções. Se preciso, vamos recorrer ao Ministério da Saúde para completar eventuais faltas de doses. O importante é que o esquema vacinal dos gaúchos se complete para que possamos avançar na superação dessa pandemia — afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann.