O governo de São Paulo suspendeu em todo o Estado a vacinação contra a covid-19 de gestantes com comorbidades, que estava prevista para se iniciar nesta terça-feira (11). A vacinação de puérperas — até 45 dias depois do parto —, porém, está mantida em SP. Na segunda-feira (10) à noite, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado recomendando a suspensão da aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca em grávidas.
A gestão de João Doria disse que novas informações sobre a imunização do grupo serão divulgadas depois que o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e a Anvisa emitirem pareceres técnicos acerca do tema. Segundo o portal G1, o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, a suspensão também foi recomendada no RJ. Ainda segundo o site, outros seis Estados, além do RS, optaram pela interrupção com Oxford em todo o território: Acre, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre também se manifestou sobre o assunto. O município disse que, em virtude de nota divulgada pela Anvisa, decidiu suspender a imunização de gestantes com esta vacina até segunda ordem.
A pasta orienta que "as gestantes devem procurar as unidades de Saúde Modelo, IAPI, Santa Marta e Santa Cecília", onde serão imunizadas com a vacina da Pfizer. O governo do Rio Grande do Sul ainda não se manifestou sobre o assunto.
No Rio Grande do Sul, a orientação, por precaução, era de que puérperas também não se vacinem com as doses de Oxford.
A orientação da Anvisa é para que seja seguida a bula atual do medicamento da AstraZeneca, na qual não consta o uso em gestantes. De acordo com a nota, a decisão é fundamentada no "monitoramento constante de eventos adversos possivelmente causados pelas vacinas em uso no país." Alguns estados já tinham iniciado a vacinação de grávidas com comorbidades.
O uso "off label" de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, fica restrito aos casos em que haja recomendação médica, mediante avaliação individual, por um profissional de saúde que pondere os riscos e benefícios para a paciente.