O Instituto Butantan deve antecipar para a próxima sexta-feira (30) a entrega de 600 mil doses de CoronaVac ao Ministério da Saúde, informou nesta quarta-feira (28) o governador de São Paulo, João Doria. O envio dessas doses estava previsto para ocorrer em 3 de maio. Mesmo sendo entregues ainda nesta semana ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o governo federal deve distribuir esse quantitativo aos Estados apenas na próxima quinta-feira (6). Pelo menos essa é a previsão inicial dada pelo Ministério da Saúde, que pode sofrer alterações.
Diversos Estados estão relatando falta de doses da CoronaVac para a aplicação da segunda dose em pessoas que já tomaram a primeira. No Rio Grande do Sul, 70% dos municípios informaram a ausência da vacina.
Com essa entrega, o Butantan completa 42 milhões de doses já encaminhadas ao Ministério da Saúde. Em março, foram disponibilizadas 22,7 milhões de doses, em fevereiro, 4,85 milhões e, em janeiro, mais 8,7 milhões. Em abril, até o último dia 19, foram liberadas 5,2 milhões de doses.
— Nós temos todo o senso de urgência, essa solicitação da entrega antecipada aconteceu exatamente porque alguns Estados estão com dificuldades com a segunda dose, que não é o caso de São Paulo, que tem a segunda dose para todas as pessoas que tomaram a primeira, mas dentro dessa necessidade vamos antecipar, na medida do possível, toda a produção — disse o diretor do Butantan, Dimas Covas.
Houve atraso no cronograma de entregas e a consequente falta de CoronaVac no sistema de saúde devido a um problema no envio do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China. O ingrediente da vacina chegou ao Brasil em 19 de abril – o Butantan precisa de duas semanas para checar a qualidade do insumo e envasar as doses.
O Butantan diz que trabalha para entregar mais 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até o dia 30 de agosto, totalizando 100 milhões de unidades.
