O Rio Grande do Sul chega, nesta quarta-feira (31), ao 30º dia consecutivo com registro de ocupação geral dos leitos de UTI acima de 100%. Nesta noite, o indicador marcava 100,1%. Entre parte da tarde e o início da noite, o indicador chegou a ficar abaixo dos 100%, mas voltou a subir por volta das 19h15min.
Quando a ocupação passa de 100%, significa que há mais pessoas em atendimento do que o total de leitos oficialmente abertos. Na prática, isso quer dizer que há algum grau de improvisação no atendimento. O nível crítico de ocupação das UTIs é de 90%; acima desse patamar é acionado o último nível de contingência hospitalar, com remanejamento de leitos e interrupção de atividades.
O total de pacientes com covid-19 internados em UTIs no Estado segue no patamar mais elevado – oscilando entre 2,3 mil e 2,6 mil, desde o dia 10 de março. No início da tarde desta quarta, havia mais de 2,5 mil pacientes com covid-19 em UTIs.
A superlotação vem acompanhada das listas de espera por leitos, o que deixa sem atendimento adequado parte dos pacientes que precisam de tratamento intensivo.
Os últimos índices a perceberem o impacto, conforme epidemiologistas ouvidos por GZH ao longo da pandemia, são os de internações em UTIs e de óbitos. O mês de março já é aquele com os piores números relativos a esses indicadores.
Contaminações e internações em leitos clínicos seguem em queda
Por outro lado, os números de novos casos e de internações em leitos clínicos têm apresentado melhoras, desde a primeira quinzena de março. O governo do Estado destaca que a redução começou a ser sentida após a adoção das restrições da bandeira preta.
As internações de pacientes com covid-19 em leitos clínicos, que chegaram no pico de 5,4 mil pessoas, estão na casa de 4 mil pacientes, nesta quarta-feira (31). A queda no total de pacientes internados em leitos clínicos, desde o ápice registrado em 12 de março até esta quarta-feira, é de 26%.
Os dados sobre internações são públicos, atualizados pelos próprios hospitais e, por isso, oscilam ao longo do dia.