O movimento Unidos pela Vacina, que nasceu com o propósito de acelerar o processo de vacinação de todos os brasileiros contra o coronavírus, convoca as prefeituras do Estado a responderem o questionário elaborado pela iniciativa. As perguntas têm como objetivo identificar gargalos no país, em Estados e municípios, que possam atrasar a vacinação, como problemas de logística, transporte e armazenamento das ampolas, contribuindo com o Programa Nacional de Imunização, liderado pelo governo federal.
Segundo Luiza Trajano, que preside o Grupo Mulheres do Brasil, idealizador do projeto, as questões podem ser respondidas por meio de um aplicativo, e a submissão de todas as respostas levam em média 13 minutos. A iniciativa quer levar o questionário a 5,5 mil cidades do país. Para responder, as gestões municipais podem entrar em contato pelo e-mail prefeitura@grupomulheresdobrasil.org.br e solicitar o tutorial para fazer o download do aplicativo.
Até o momento, o Unidos pela Vacina já levantou dados de 2,5 mil das 5.570 cidades brasileiras, das quais 79 fazem parte das 497 gaúchas. A meta é atingir 100% dos municípios até o final de março.
O movimento, que reuniu inicialmente empresários do país como Walter Schalka, do grupo Suzano, Paulo Kakinoff, da Gol, José Carlos Brega, da Whirlpool, Eduardo Sirotsky Melzer, da EB Capital, Betânia Tanure, da BTA, entre outros, se propõe a organizar uma rede de apoiadores que contribua para mitigar esses obstáculos apontados pela pesquisa com os municípios. Ou seja, construir pontes entre a sociedade civil e o poder público.
Nas últimas semanas, o movimento passou a ganhar muitos apoiadores e adotou um modelo de regionalização nos Estados. Com o objetivo prioritário de acelerar o processo de diagnóstico e conexão dos doadores, essa frente se inicia no Rio Grande do Sul convidando a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o Instituto Cultural Floresta (ICF) e a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) a participar e já conta com o apoio de voluntários locais do Mulheres do Brasil e de empresários e executivos como Nelson Sirotsky e Claudio Toigo Filho, do Grupo RBS, Mariela Silveira, do Kurotel, e Leonardo Fração, presidente do ICF, que estiveram presentes em reunião na tarde de sexta-feira passada (5). O encontro marcou o início oficial das atividades no RS.
— É muito estimulante ver a sociedade civil aderente ao processo de vacinação. Neste contexto, toda a ajuda é sempre bem-vinda, especialmente no que diz respeito à mobilização das pessoas — destacou a secretária-adjunta de Saúde do Estado, Aglaé Regina da Silva, durante o encontro.
Ao desembarcar no Estado, o Unidos pela Vacina, iniciativa apartidária e sem fins comerciais, vai primeiramente mobilizar prefeitos e secretários de Saúde para traçar um diagnóstico de quais são as dificuldades para garantir aplicação imediata tão logo haja imunizante disponível em larga escala. Essa etapa será liderada pela Famurs e pelo Grupo Mulheres do Brasil, a partir da pesquisa que precisa ser preenchida pelos municípios.
— Vacina é nossa prioridade. Vamos contribuir para acelerar de forma significativa o preenchimento da pesquisa — reforçou o presidente da Famurs, Emanuel Hassen de Jesus.
Frente local de parcerias
Em paralelo, o Instituto Floresta foi convidado a liderar no Estado a frente local de parcerias, que tem como objetivo fazer a ponte entre demandas identificadas na pesquisa das secretarias de Saúde e os recursos que doadores (empresas e entidades) podem oferecer. A premissa do movimento é não receber doações em dinheiro ou operar esse processo. O Instituto Floresta já tem expertise em atuação na saúde, inclusive no combate ao coronavírus e poderá agregar essa habilidade com o processo.
— O ICF representa a união de empresários que querem ajudar a solucionar problemas da sociedade em parceria com o poder público. Ajudamos na segurança há três anos, com os respiradores ano passado e, agora, com as vacinas, para que possamos abrir a economia e deixar o povo trabalhar — disse o presidente do Instituto Floresta, Leonardo Fração.
Além disso, o Unidos pela Vacina desenvolveu uma plataforma que conecta a iniciativa privada com o poder público e pode ser acessada por quem deseja participar do projeto. Conscientizar a população de que a vacina é a solução mais efetiva para pandemia também está entre as prioridades do movimento e é foco principal da Agert e do Grupo RBS em mobilizar o Rio Grande do Sul e distribuir informações certificadas à população, ampliando o conhecimento e o engajamento sobre o tema.
— Garantir informação confiável para esclarecer a população e permitir que cada cidadão tome consciência da relevância de se vacinar, para ele e para a sociedade, está no cerne da nossa atividade — afirmou o presidente da Agert e do Sindirádios, Roberto Cervo Melão.
Acelerar a vacinação é primordial para o movimento.
— Sabemos que a vacinação é imprescindível para frear a crise sanitária e econômica que vivemos, em todas as dimensões. Enquanto não tivermos vacinação em massa, vamos continuar vendo mortes evitáveis, aumento da pobreza e todas as suas consequências e o adoecimento emocional. Como sociedade, é nosso papel contribuir com atitudes individuais e coletivas para frear o avanço do vírus e acelerar a recuperação — disse o presidente do Grupo RBS, Claudio Toigo Filho.
Cadastro para ser parceiro
Qualquer um, pessoa física ou pessoa jurídica, pode entrar, cadastrar-se como doador para visualizar ou para adotar um município ou Estado. Doadores podem selecionar um município, um Estado, ou um item para colaborar
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