O índice de ocupação geral das unidades de terapia intensiva (UTI) de Porto Alegre registrou crescimento nesta tarde: subiu de 109,5%, na quarta-feira (24), para 115% nessa quinta-feira (25). Um percentual tão alto quanto este não era alcançado desde a terça-feira da semana passada.
De acordo com o painel de monitoramento mantido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), consultado por volta das 15h30min, dos 1158 pacientes que estão recebendo tratamento intensivo na Capital, 909 têm diagnóstico confirmado ou suspeita de covid-19. O hospital Vila Nova ainda não havia feito a atualização dos seus dados no momento do acesso ao portal da SMS.
Também cresceu o número de pessoas na fila de espera por um leito de UTI, com 31 doentes a mais do que ontem. Do total de 255 enfermos que aguardam vaga, 14 estão recebendo cuidados em unidades de pronto-atendimento (UPAs) e 241 em emergências.
Com o cenário de esgotamento da capacidade de atendimento na Capital, espaços que não se destinavam originalmente a prestar cuidados de alta complexidade hoje exercem essa função.
A sobrecarga hospitalar é registrada em 15 das 18 instituições de saúde monitoradas pela pasta da saúde. Operam acima da linha dos 100% de ocupação os hospitais Nossa Senhora da Conceição, Instituto de Cardiologia, Clínicas, Moinhos de Vento, Santa Casa, São Lucas, Mãe de Deus, Ernesto Dornelles, Divina Providência, Cristo Redentor, Vila Nova, Fêmina, Restinga, Santa Ana e Beneficência Portuguesa. Não há camas de UTI livres em Porto Alegre e, dos atuais 1009 leitos operacionais, quatro estão bloqueados para limpeza ou desinfecção.