O governo do Estado confirmou, nesta quarta-feira (31), que vai antecipar a vacinação contra o coronavírus dos trabalhadores da segurança pública. A manifestação ocorre após nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde (MS), que alterou o Plano Nacional de Imunização (PNI), autorizando que esse público seja vacinado antes do que estava previsto.
Conforme o MS, serão enviadas ao Estado 4.322 doses para esse público. O governo do Estado faz um levantamento para saber quantos trabalhadores da segurança se enquadram nessa etapa da vacinação, já que a nota técnica traz a informação de que serão imunizados os profissionais “envolvidos nas ações de combate à covid-19”. Uma reunião na tarde de quinta-feira (1) entre as secretarias da Saúde e da Segurança deve definir o cronograma de vacinação.
A decisão do MS atende a pedidos de diversos Estados. No Rio Grande do Sul, o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, enviou em dezembro de 2020 ofício ao Ministro da Justiça e Segurança Pública manifestando preocupação com o plano divulgado e solicitando que os profissionais da segurança, que durante a pandemia atuam na linha de frente, fossem priorizados. E outro documento foi renovado em 5 de março deste ano, em documento encaminhado por todos os membros do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp).
— Durante toda a pandemia eles (profissionais da segurança) mantiveram o trabalho na linha de frente de forma ininterrupta. É uma medida essencial, portanto. Em primeiro lugar, para proteger a vida desses profissionais, e também para assegurar a continuidade do trabalho de manutenção da ordem e do combate à criminalidade – destacou Ranolfo.
Conforme a nota técnica do Ministério da Saúde, a ordem de vacinação dos profissionais da segurança será a seguinte:
- Trabalhadores envolvidos no atendimento e/ou transporte de pacientes;
- Trabalhadores envolvidos em resgates e atendimento pré-hospitalar;
-Trabalhadores envolvidos diretamente nas ações de vacinação contra a covid-19;
- Trabalhadores envolvidos nas ações de vigilância das medidas de distanciamento social com contato direto e constante com o público, independentemente da categoria.
O documento esclarece que o Ministério da Saúde possui estimativas desses profissionais, e que a identificação dos que poderão receber as doses precisará ser feita pelos municípios e Estados. Esclarece ainda que os demais trabalhadores da segurança pública e forças armadas que não se enquadrarem nas atividades descritas acima deverão ser vacinados de acordo com o andamento da campanha nacional de vacinação contra a covid-19.
Sendo assim, não serão vacinados neste momento aqueles que executam as seguintes atividades:
- Ações de apoio logístico ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
- Transporte de insumos para áreas com alto grau de contaminação;
- Ações de vigilância de fronteiras, espaço aéreo, espaço marítimo e controle de tráfego aéreo e marítimo;
- Apoio à ações de combate aos crimes transnacionais e ambientais;
- Demais militares.