Com a redução da faixa etária que está recebendo a primeira dose da vacina contra a covid-19 no Rio Grande do Sul, cresce a expectativa por um novo lote para prosseguir com a campanha. Conforme a Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), quase a totalidade das prefeituras estão se organizando para seguir com a aplicação das doses durante o feriado de Páscoa. No entanto, para que isso aconteça é necessário a chegada de mais vacinas.
O presidente da Famurs, Maneco Hassen, ressalta que os prefeitos estão atentos a necessidade de prosseguir com a aplicação das doses em um ritmo mais rápido. Porém, o ex-prefeito de Taquari afirma que é necessário que o Estado e a União apoiem os municípios não só na entrega e distribuição das vacinas, mas também nos custos da logística de aplicação dos imunizantes.
— Não iremos deixar vacina parada. Os municípios que tiverem doses, irão aplicá-las. Mas, precisamos de apoio do governo do Estado e da União nos custeios destas ações. Para vacinar no feriado, temos que pagar hora extra para os funcionários. Se fizermos horário estendido, também. E, isso nem sempre é possível — explicou o presidente da Famurs.
Nesta terça-feira (30), algumas prefeituras da Região Metropolitana já confirmaram que terão alterações no cronograma de vacinação em razão do feriado. Em Alvorada, por exemplo, não haverá aplicação de vacinas na sexta (2). No sábado (3), serão vacinadas pessoas entre 69 e 66 anos, que não puderam se vacinar durante a semana, se houver doses. Já Guaíba, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapucaia do Sul já confirmaram que não haverá vacinação na sexta e no sábado.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) emitiu uma nota na segunda-feira (29) orientando que as prefeituras mantenham a campanha de vacinação durante o feriado da Páscoa. A recomendação da SES, reforçada pelo Guia Orientador aos Municípios, que deve ser publicado nos próximos dias, é não guardar vacinas, uma vez que as remessas de doses estão chegando ao Estado com regularidade.