A taxa de ocupação geral das unidades de terapia intensiva (UTIs) de Porto Alegre registrada na tarde desta quarta-feira (31) é de 107,8%, percentual inferior ao da terça-feira (30), que chegou a 110%. Apesar da redução, a situação das UTIs ainda está distante da ideal, já que especialistas defendem que, para otimizar o fluxo de atendimentos nessas alas, a ocupação não deve ser maior do que 85%.
Com o sistema de atendimento colapsado, a demanda por leitos é maior do que a oferta disponível, o que acarreta na formação de filas de espera. Atualmente, há 176 pessoas aguardando por vagas de tratamento intensivo, sendo que 165 desses doentes estão em leitos adaptados em emergências e 11 em unidades de pronto-atendimento (UPAs). Na comparação com o cenário que era observado duas semanas atrás, a fila de espera diminuiu 53%.
De acordo com o painel mantido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dos 1.083 doentes em estado grave na Capital, 789 têm diagnóstico confirmado para a covid-19 e 46 são suspeitos de estarem com a doença.
Na consulta feita à ferramenta por volta das 17h, o Hospital Cristo Redentor aparecia como o único que não havia submetido dados atualizados das internações. Nesta quarta, 11 instituições de saúde operam com índices de ocupação acima de 100%. A taxa é mais alta nos hospitais Moinhos de Vento (159%), Fêmina (150%) e Conceição (145,7%).