O número de pacientes graves que estão à espera de leito nas unidades de terapia intensiva (UTIs) de Porto Alegre registra queda: há 41 pessoas a menos nesta sexta-feira (26). Mas a fila de espera ainda é longa, composta por 214 enfermos. Desses, nove estão sendo tratadas em unidades de pronto-atendimento (UPAs) e outras 205 estão em leitos de emergência adaptados.
A atual taxa de ocupação geral das UTIs é de 112%, percentual que também registrou redução desde a quinta-feira (25), quando era de 115%. O cenário de superlotação das unidades dedicadas a cuidar dos casos mais graves de doença no Rio Grande do Sul é uma realidade: há cerca de um mês, no dia 26 de fevereiro, o índice de lotação geral das UTIs já alcançava o patamar de 98%.
Em consulta feita por volta das 18h ao painel de monitoramento mantido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), havia 836 doentes graves com diagnóstico confirmado para a covid-19 e outros 46 enfermos com suspeita da doença. Isso quer dizer que 78% do total de 1125 pacientes sendo atendidos em leitos de alta complexidade de Porto Alegra têm quadro de saúde relacionado ao coronavírus.
Das 18 instituições de saúde monitoradas pela SMS, 13 estão operando com sobrecarga nesta sexta-feira. No Moinhos de Vento, os atendimentos ocupam 160,6% da capacidade. A superlotação também está em níveis mais altos no hospitais Fêmina (150%), Nossa Senhora da Conceição (144%) e Ernesto Dornelles (142.5%).