Para fazer valer o decreto do governo do Estado, que proíbe a permanência de pessoas em praças, parques e praias de municípios classificados com bandeira vermelha, a Brigada Militar planeja reforço de efetivo em municípios do Litoral Norte. Nesta terça-feira (1a), o governador Eduardo Leite alertou que a faixa de areia ficará interditada por 14 dias para frear o avanço da covid-19 — apenas o calçadão será liberado para exercício físico.
Segundo o comandante-geral da BM, coronel Rodrigo Mohr Picon, policiais militares do Batalhão de Choque serão deslocados para cidades do Litoral Norte aos finais de semana. Serão cerca de 30 PMs, mas o número pode aumentar em caso de necessidade.
Além disso, 120 alunos soldados que se formam no próximo dia 21 já fazem estágio no policiamento, apoiando as unidades. A Operação Verão, que começa no dia 19, também levará mais agentes às praias em um período de grande movimento — na semana anterior, os PMs já devem começar a chegar à região.
O objetivo da ação da BM é auxiliar no cumprimento das regras e orientar as pessoas sobre as medidas que devem ser adotadas. Eventuais punições são tomadas apenas em caso de necessidade:
— Temos atuado desde o início da pandemia com a ideia de mediação, informação, tentando convencer as pessoas. Mas também há uma ação mais forte e vigorosa, no sentido até de prisão, daqueles que estão organizando festas e eventos com público. Obviamente não vamos tomar medidas extremas, porque nosso mote é sempre a mediação. A própria presença do policial já inibe — explica o comandante.
Segundo a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), as prefeituras devem cumprir a decisão do governo do Estado. O objetivo é se adequar agora para evitar medidas mais duras no início do verão.
O governo ofereceu a ajuda da BM às prefeituras de todas as regiões para que as novas regras, que valem por pelo menos duas semanas, sejam cumpridas. Assim, a corporação buscará fazer um trabalho interativo, se colocando à disposição para que o Executivo de cada cidade informe sobre quais são os principais problemas.
— Cada cidade tem uma característica e um problema específico. A ideia é ter uma boa interação com as prefeituras e estabelecer planos para cada realidade. Assim, podemos focar o trabalho onde está o maior problema. Essa parceria já existia, mas com o novo aumento de casos, estamos reforçando e tentando melhorar o contato — diz o comandante.