A Defensoria Pública da União (DPU) está atendendo os beneficiários que tentaram sacar o auxílio emergencial e não conseguiram porque os R$ 600 haviam sido desviados das contas por hackers. O órgão federal, conforme recomendação do próprio governo, é um recurso principalmente para quem ainda está tentando ser ressarcido. Antes disso, a Caixa Econômica Federal informa que o primeiro passo é procurar uma agência e fazer um registro de contestação, além da ocorrência policial.
O banco destaca que atua junto com as autoridades de segurança para identificar os casos em que houve golpe e garantir o pagamento às pessoas. Segundo a Caixa, todos serão ressarcidos após a identificação da fraude, o que pode ocorrer é que alguns casos levam um pouco mais de tempo para a comprovação da irregularidade. Das quatro pessoas que foram entrevistadas por GaúchaZH no dia 11 de junho, quando a fraude foi divulgada pela imprensa, apenas uma ainda não recebeu o auxílio emergencial.
— Eles me disseram cinco dias úteis e já passam de 20 dias e nada, não recebi o auxílio que alguém tirou da minha conta indevidamente — diz Flávio Santos Duarte, 52 anos, mecânico de São Leopoldo que atualmente está desempregado.
A Caixa procurou informações sobre o caso em específico para tentar resolver a situação. Já a dona de casa Adriana de Medeiros, 44 anos, moradora do bairro Belém Velho, zona sul de Porto Alegre, ressalta que conseguiu receber os R$ 600 na última sexta-feira (26), conforme o banco havia previsto.
Entre o final de maio e o início deste mês, várias vítimas na Região Metropolitana denunciaram que golpistas se aproveitavam do período entre a data de liberação e de pagamento do auxílio emergencial para trocar dados cadastrais, como e-mail e número de telefone. Até boletos bancários são pagos com os valores desviados. O banco disponibiliza orientações de segurança em seu portal na internet.
A Caixa e a Polícia Federal (PF) informam que não têm levantamento de quantos golpes foram registrados no Rio Grande do Sul. A Polícia Civil, que havia contabilizado cerca de cem denúncias no início do mês em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, destaca que não fez novo balanço e só encaminha os registros para a PF. Além disso, GaúchaZH entrou em contato com a Controladoria-Geral da União (CGU) para saber se há um número aproximado de fraudes no Estado, mas ainda aguarda resposta.