Os donos e funcionários de restaurantes, bares e lojas localizadas nos shoppings de Porto Alegre estão na expectativa para a publicação do novo decreto da prefeitura que permite a retomada dos trabalhos. A partir da divulgação das determinações, entidades ligadas ao setor acreditam que em um prazo de 48 horas será possível já ter os estabelecimentos operando.
O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) afirma que os restaurantes estão cientes das regras que precisarão ser seguidas e que já são observadas em outras cidades do Estado. Um exemplo é a proibição da abertura dos estabelecimentos que trabalham com autosserviço. Para os que trabalham com bufê, a ideia é que uma pessoa seja designada para servir os clientes. O presidente da entidade, Henry Chmelnitsky, afirma que após a reabertura o principal desafio será a reaproximação com o consumidor.
— A relação com o consumidor precisa ser reconstruída. Há uma insegurança no ambiente e uma insegurança financeira no momento. Será uma retomada lenta, as pessoas vão precisar redescobrir o prazer de sair de casa — ressalta o presidente do Sindha.
Os lojistas também aguardam com expectativa a divulgação do novo decreto, principalmente os que possuem estabelecimentos nos shopping centers da Capital. O presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas-POA), Paulo Kruse, entende que será o momento de enfrentar uma nova realidade no comércio.
— Agora é recomeçar uma nova vida. Temos um novo patamar de negócios pela frente e vamos tentar manter o máximo número de lojas abertas, respeitando as regras que forem estabelecidas. É uma nova realidade — afirma Kruse.
A publicação do decreto pela prefeitura de Porto Alegre deverá permitir também a reabertura de outros setores, como academias de ginástica, museus e bibliotecas, com restrições de funcionamento. As igrejas devem receber autorização para reabrir as portas, mas com limitação do número de pessoas.