O governador Eduardo Leite participou nesta segunda-feira (11) do programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, para detalhar alguns pontos do plano de distanciamento controlado que começou a valer nesta data em todo o Estado. Para ele, trata-se de um programa que tenta tirar a subjetividade das decisões do governo, ainda que seja um momento em que “não há certezas absolutas”, e é uma tentativa de se evitar o lockdown.
– A vantagem (do plano) é podermos analisar mais objetivamente e menos subjetivamente. Menos com base em emoções e mais com base em números. A gente criou um modelo para que se possa atuar no local em que se fizer necessário, no momento em que se fizer necessário e na proporção que se fizer necessário.
Leite voltou a pedir apoio da população, lembrando que todas as medidas estão sendo tomadas para que não seja preciso fazer, no Estado, decretos mais restritivo.
– Sem a consciência da sociedade, vamos ter mais dificuldades. O mais fácil para o governo é a proibição total. Fecha loja, indústria. Portão fechado é mais fácil de fiscalizar. Estamos apostando e dando esse voto de confiança para que a sociedade possa mostrar o seu engajamento. Senão, vamos acabar migrando para a bandeira de maior restrição. Ou, eventualmente, após a bandeira preta, para o chamado lockdown.
Ouça, abaixo, a entrevista completa:
O governador afirmou ainda que entre esta semana e a próxima deve sair uma decisão em relação ao retorno das aulas na rede privada. De acordo com Leite, isso está sendo discutido com entidades ligadas à educação, e protocolos com base nessas conversas serão estabelecidos.
No entanto, Leite lembrou que há diferenças grandes entre as redes pública e privada, e que não há condição de as escolas públicas retomarem as atividades em maio – a previsão atual é junho.
— Se tem uma coisa que nós não temos neste momento é certeza absoluta de qualquer coisa. Vivemos uma situação absolutamente extraordinária. Todo o nosso trabalho é para que não haja a perda do ano letivo — disse.