A secretária do Planejamento do Rio Grande do Sul, Leany Lemos, afirmou nesta terça-feira (12), em entrevista ao Atualidade, que, por ser impossível aos governos estarem 100% vigilantes ao comportamento das pessoas, o modelo de distanciamento social implementado pelo governo do RS se mostra ainda mais valioso.
– O que o Estado está fazendo é melhorar a capacidade de resposta (à pandemia). Estamos trabalhando arduamente para que isso aconteça. Ter um sistema de alerta de risco, para que as pessoas possam entender onde e como o vírus está se propagando. E as bandeiras são a maneira mais simples de as pessoas entenderem (o risco).
Para Leany, o plano de distanciamento é "uma ideia de convivência com a pandemia de forma a se ter um pouco mais de normalidade na vida, mas com muita atenção". A secretária acredita que a ideia do modelo já foi assimilada pela população:
– Não tenho dúvidas de que as pessoas entenderam, é a ideia de alerta. Qualquer sistema de segurança usa isso. (...) E os indicadores são uma maneira de medir fatos, eventos da vida, que são simples. São maneiras de ler essa realidade. Você tem que olhar um conjunto. É como olhar uma floresta. Não pode ir lá falando de uma folha, ou de uma raiz. Tem que ter uma visão mais macro. Há uma diversidade de fatores.
De acordo com a secretária, só colocar leitos de UTI à disposição não vai resolver o problema.
– Porque esse vírus tem um contágio absurdo. E só fazer a parte que todos estamos fazendo, que é a higienização, o distanciamento social, a utilização de máscaras, também não é suficiente – alerta.