A troca de comando no Grupo Hospitalar Conceição (GHC) deixa acéfala, por hora, a maior estrutura de combate à covid-19 no Rio Grande do Sul. O atual superintendente, neurocirurgião André Cecchini, deixou o cargo, em solidariedade à demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Em março, a ideia era ter 59 leitos de UTIs apenas para tratar casos graves de coronavírus. Com algum esforço, foram separados 97 leitos para essa função (28 novos). A estrutura supera a de outros grandes hospitais, como Santa Casa (87 leitos de UTI contra a pandemia) e Clínicas (82).
Existem hoje 560 leitos de UTI na Capital aptos a tratar a pandemia. O GHC tem, portanto, um em cada seis leitos de UTI contra o coronavírus montados em Porto Alegre.
A estrutura do GHC conta ainda com 300 leitos clínicos (convencionais), para pacientes em situação não tão grave ou já em recuperação. Isso é quase metade dos 771 que poderão ser disponibilizados em Porto Alegre, informa a Secretaria Municipal de Saúde.
Foi montado também um centro de triagem para verificar casos suspeitos, antes de indicar internação. Tem quatro consultórios, uma sala de classificação, uma de estabilização (casos graves) e uma ambulância. A equipe é formada por três enfermeiros, quatro médicos, três técnicos de enfermagem e dois auxiliares administrativos. A estrutura fica a cerca de cem metros do Hospital Nossa Senhora da Conceição, na zona norte de Porto Alegre, junto à Escola GCH, na Avenida Francisco Trein, 326. São quatro consultórios e salas de espera e de estabilização.
O GHC também foi autorizado, no início da pandemia, a contratar emergencialmente 1,5 mil profissionais de diversas áreas. O processo está em andamento. Além disso, há salas de triagem nos 16 postos de saúde do GHC e na UPA Moacyr Scliar.