A pandemia de coronavírus reduziu as doações em entidades que se destinam a auxiliar os mais necessitados, como o grupo Voluntários Família Imigrante, coordenado pela técnica de enfermagem Neusa Batezini Scherer, em Porto Alegre.
As prateleiras lotadas de roupas e calçados de verão podem enganar quem chega à sala localizada no Vida Centro Humanístico, na Zona Norte da Capital. Basta dar alguns passos, porém, para perceber o vazio no setor dos itens de inverno. Faltam calças, camisas, casacos, calçados para crianças e adultos, principalmente produtos para o público masculino.
Criado há cinco anos, o trabalho é direcionado aos imigrantes de Haiti, Senegal e Venezuela. Mais de 200 famílias — cerca de 1 mil pessoas — são atendidas pela iniciativa, que depende exclusivamente de doações.
Uma das principais preocupações de Neusa, conhecida como "a mãe dos imigrantes", é a falta de mantas, edredons e cobertores, os itens mais solicitados por quem pede ajuda. Em anos anteriores, neste período, o estoque costumava estar em dia. A pandemia fez as doações minguarem.
— Muitas famílias chegaram no início deste ano praticamente apenas com a roupa do corpo. Estão recomeçando e precisam de muita ajuda — ressalta.
A doença também alterou a agenda dos órgãos públicos. O Estado suspendeu a Campanha do Agasalho de 2020 até segunda ordem. Já Porto Alegre e algumas cidades da Região Metropolitana planejam alterações nas campanhas municipais.
Para ajudar o grupo Voluntários Família Imigrante
- Basta contatar Neusa pelo WhatsApp (51) 98196-5358.
- Os recebimentos de doações são agendados.