Carlos Rollsing
Um dos motivos dos embates atuais entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a hidroxicloroquina não é o primeiro composto químico a colocá-los em rota de colisão. Bolsonaro defende o uso do medicamento desde os primeiros dias de identificação do coronavírus no paciente, acena com ideias de produção em massa e indica que pode ser uma suposta "cura" para a peste. Mandetta é cauteloso, diz que a cloroquina já está sendo usada para casos graves de covid-19, junto de outras drogas, mas sempre ressalta que não há estudo científico que comprove sua eficácia no tratamento da doença. Bolsonaro elevou o remédio à condição de salvação. Mandetta alerta que ainda não é possível fazer afirmações, avisa sobre efeitos colaterais e finca pé na necessidade de isolamento social.