A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) vai prorrogar o prazo de pagamento das faturas de gás natural durante a crise do coronavírus. Com isso, será possível o parcelamento em três vezes das faturas com vencimento entre 24 de março e 23 de abril para residências e comércios.
Os dois segmentos beneficiados com a medida somam 58,6 mil clientes no Estado, sendo a maioria na Região Metropolitana e Serra — hospitais, restaurantes, supermercados, padarias, clubes e hotéis, entre outros estabelecimentos.
A determinação que autorizou o parcelamento foi comunicada pelo governador Eduardo Leite em uma rede social na tarde desta segunda-feira (23). O chefe do Executivo gaúcho ainda garantiu que o fornecimento de gás natural no Estado não vai ser afetado:
— O fornecimento de gás natural no Rio Grande do Sul segue normalmente, sem interrupções, a todos os clientes da Sulgás. A distribuição via rede canalizada facilita a entrega do energético de forma contínua durante situações de emergência como a atual, sem a necessidade de reabastecimento.
Para as contas de água, a Corsan anunciou no domingo que, pelos próximos 60 dias, não vai cortar o fornecimento para quem não pagar a conta.
O secretario do Meio Ambiente, Artur Lemos, afirmou que tenta medida semelhante com a energia elétrica para as pessoas afetadas pelos efeitos econômicos da crise.
— O fato de ser concessão federal demanda que a agência reguladora, em conjunto com a União, tenha a sensibilidade de receber sugestões dos Estados e tome uma iniciativa. Amanhã (terça-feira), teremos reunião com ministro de Minas e Energia e esperamos novidades — comentou.
Ainda segundo o secretário, foi sugerido que alguns fundos de pesquisa que são cobrados na tarifa sejam usados para suprir o pagamento das pessoas que não terão dinheiro para quitas as contas de luz. Ele fez um pedido para que as pessoas que tenham condições não deixem de pagar, já que a energia elétrica é essencial no tratamento do coronavírus nas instituições de saúde:
— A covid-19 é uma doença que demanda respiradores. Quando pessoas estão em casa, demandam maior energia. Para manter os serviços prestados em hospitais, precisamos que aqueles que tenham capacidade paguem as suas contas.