Cada dia mais disseminado pelo mundo, o coronavírus tem feito com que os países adotem medidas drásticas na tentativa de contê-lo. Depois da quarentena imposta pelo governo chinês aos moradores de Wuhan, epicentro da epidemia, nações europeias começam a mostrar preocupação com o avanço da infecção. Veja o que tem sido feito até agora.
China
Isolamento total de cidades e redução nos horários de trens são algumas das medidas tomadas pelo governo chinês para conter a epidemia de coronavírus, que teve como epicentro a cidade de Wuhan, na província de Hubei. Bastante questionada por infectologistas, a ação pode ter contribuído para a estabilização e até leve queda no número de infecções nos últimos dias. Conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), no domingo (8), o país registrava 80.859 casos confirmados e 3,1 mil mortes.
Itália
Primeiro país europeu a registrar casos de coronavírus, a Itália vê o número de infecções e mortes aumentarem dia após dia. Conforme o governo italiano, até o domingo (8), 7.375 casos eram avaliados — desses, 6.387 testaram positivo. O país teve 366 mortes.
Na tentativa de frear o avanço da doença, o governo determinou, na última quinta-feira (5), a suspensão total das aulas em escolas e universidades. Os jogos do Campeonato Italiano também sofreram alterações em razão da covid-19: partidas e demais eventos esportivos terão portões fechados pelo menos até 3 de abril.
A última, e mais drástica ação de combate ao coronavírus, foi a imposição de quarentena para a região da Lombardia. O decreto limita ao máximo a entrada e a saída de pessoas da área. Até o dia 3 de abril, idas e vindas na região afetada (Lombardia e as províncias de Modena, Parma, Placência, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro e Urbino, Alexandria, Asti, Novara, Verbano Cusio Ossola, Vercelli, Pádua, Treviso e Veneza) terão de ser autorizadas pelo governo, e por motivos de saúde ou de trabalho. Nessa região, cinemas, museus e teatros ficarão de portas fechadas. A medida vai afetar mais de 15 milhões de pessoas.
França
Com 1.126 casos confirmados e 19 mortes, o governo francês publicou um decreto, na sexta-feira (6), para estabelecer o preço de venda de álcool gel. A medida, diz o texto, tem como objetivo proteger os consumidores. No domingo (8), o país proibiu reuniões com mais de mil pessoas que não sejam "essenciais para a continuidade da vida da nação". O famoso museu do Louvre chegou a fechar as portas no começo de março, mas retomou as atividades no último dia 4. Nesta segunda (9), foram anunciadas que o Louvre funciona com restrições.
Áustria
Conforme a rede de televisão austríaca ORF, nesta segunda-feira (9), o país confirmou 112 casos de coronavírus. O país não impôs nenhuma restrição de viagem.
Reino Unido
A região já soma 273 casos e duas mortes. Para conter o vírus, o governo pede que pessoas que tenham chegado de mais de 18 cidades do mundo, incluindo as áreas italianas e chinesas com maior número de infectados, fiquem em casa e evitem contato com outras pessoas, mesmo que não tenham sintomas.
Estados Unidos
Com mais de 500 casos confirmados e 22 mortes, de acordo com o jornal The New York Times, os Estados Unidos pedem que, pessoas que chegam ao país das áreas mais afetadas pelo coronavírus, como China, Itália, Coreia do Sul e Irã, fiquem em casa por 14 dias. O evento South by Southwest (SXSW), considerado um dos maiores festivais sobre economia criativa do mundo, foi cancelado na sexta-feira (6) devido ao risco de contágio do coronavírus. O anúncio oficial foi divulgado em entrevista coletiva dos organizadores do evento em Austin, Texas.
Irã
Em um dos países com maior número de casos de coronavírus, uma série de medidas foram tomadas. As orações de sexta-feira nos centros de todas as províncias foram proibidas e escolas e universidades foram fechadas, afirma a rede CNN. Pessoas infectadas também devem ficar em quarentena domiciliar. Conforme o Tehran Times, o país teve 7.161 casos confirmados, dos quais 2.394 foram curados. Morreram 237 pessoas.
*Com agências