A prefeitura de Campo Bom, no Vale do Sinos, vai publicar um decreto restringindo o acesso e a saída do município. O primeiro caso de coronavírus confirmado no Rio Grande do Sul ocorreu na cidade. O morador, que havia retornado de uma viagem para a Itália, já está recuperado.
A partir da manhã deste sábado (21), os limites da cidade serão monitorados pela Guarda Municipal e pela Brigada Militar. As principais entradas serão fechadas.
A Avenida Brasil, entre Campo Bom e Novo Hamburgo, deverá ficar totalmente bloqueada. A Avenida João Lampert, próximo à praça de pedágio, também será isolada. Já a Avenida Carlos Strassburger Filho funcionará em meia pista com presença de agentes de trânsito. Outras vias também deverão ter restrições e bloqueios, mas ainda não foram definidas.
Para entrar na cidade, será necessário apresentar comprovante de residência, algum documento, ou a placa do carro oriunda de Campo Bom. Veículos de carga serão avaliados. De acordo com o prefeito, Luciano Orsi, o objetivo não é impedir a livre circulação, mas evitar que deslocamentos desnecessários e conscientizar a população.
– Nós estamos alertando porque muita gente deixou de trabalhar, mas segue se reunindo, saindo às ruas, como se fossem férias. E na verdade, queremos conscientizar sobre a gravidade da situação. A gente pede que ele só saia em caso de emergência. Não queremos que o nosso seja passível de contaminação, também não queremos levar para outros – disse Orsi.
Ele lembrou que Campo Bom tem diversos empreendedores do setor calçadista, que possui contatos frequentes com China e Itália, países com grande número de casos de contaminação.
Nesta semana, a circulação de ônibus intermunicipais também foi proibida. Várias instituições já deixaram de funcionar de forma preventiva. No comércio, bares, restaurantes, lancherias, academias e lojas também estão fechados. A partir da próxima segunda-feira, todas as escolas do município não abrirão as portas. O decreto será publicado até o final desta sexta-feira (20).
A reportagem de GaúchaZH consultou a Empresa Gaúcha de Rodovias, para verificar se haverá alguma alteração na cobrança de pedágio na região, mas ainda não obteve retorno.