Um total de 5.476 pessoas morreram na Itália devido ao novo coronavírus, 651 delas nas últimas 24 horas, uma redução em relação ao sábado, recebida com prudente esperança pelas autoridades.
— Os números anunciados hoje (domingo) são mais baixos que ontem. Espero e todos esperamos que (a tendência) seja confirmada nos próximos dias. Mas não devemos baixar nossa guarda — afirmou o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.
No sábado (21), cerca de 793 mortes foram anunciadas em um único dia.
Apesar de ser menor do que o anterior, o saldo de domingo é o segundo mais alto desde que a pandemia começou a atingir o país. Além disso, o número total de infectados é próximo a 60 mil, cerca de 5.560 a mais que no sábado.
— Você não deve se deixar levar pelo entusiasmo exagerado ou pela interpretação exagerada, mas é um sinal que recebemos positivamente. Especialmente porque chega em um momento em que esperávamos ter sinais tangíveis da eficácia das medidas de contenção — disse Franco Locatelli, responsável pelas autoridades de saúde italianas.
Locatelli pediu a seus compatriotas a continuarem com os esforços e a respeitarem as restrições às liberdades impostas por quase duas semanas em todo o território, que proíbem as aglomerações, praticamente todo deslocamento e levaram a uma redução considerável da atividade econômica.
A última das medidas foi imposta pelos ministros do Interior e da Saúde, que proibiram "viajar de transporte público ou privado para outra cidade", "exceto por motivos comprovados de trabalho, urgência absoluta ou saúde".
A região de Milão, na Lombardia, registra mais da metade das novas mortes (361, com um total de 3.456) e seu serviço hospitalar está saturado e o pessoal da saúde está esgotado.