O Serviço Telessaúde RS, vinculado à Faculdade de Medicina da UFRGS, viu saltar o número de ligações por causa de casos suspeitos de coronavírus. O serviço, criado em 2007, é voltado exclusivamente a médicos e enfermeiros de postos de saúde de todo o Brasil graças a convênio firmado com o Ministério da Saúde.
No Telessaúde RS, esses profissionais são orientados por médicos quanto a procedimentos e diagnósticos. A média de ligações originadas de todo o país era de 200 a 250 por dia. Mas, por causa do coronavírus, o serviço chegou a receber mil ligações em um único dia na semana passada.
— O serviço atende questões das mais diversas, mas de uma semana para cá predominam dúvidas sobre os sintomas do coronavírus. Basicamente, os médicos das unidades básicas querem saber se é o caso de mandar o paciente para a emergência de um hospital. Daqui, se dá a orientação mais adequada de acordo com cada caso — explica Roberto Umpierre, coordenador do serviço.
Para dar conta da demanda, o Telessaúde está contando com médicos voluntários do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que deixaram de atender consultas eletivas. Até esta terça-feira, 60 médicos dão a orientação por telefone. A demanda crescente deve elevar esse número para até cem profissionais. O número de linhas também será ampliado, de 120 para 240.
O horário de atendimento será ampliado até as 20h a partir de 1 de abril. O maior número de envolvidos também trouxe a preocupação de evitar aglomeração na central de atendimento.
— As salas seguem com ar-condicionado ligado, mas com janelas abertas. Estamos aumentando a distância entre os profissionais e higienizando cada posto quando há troca de turno. Em parceria com o CPD da UFRGS, oferecer conexão para atendimento remoto — afirma Umpierre.