Depois de reunir-se por toda a tarde com governadores, ministros e representantes da oposição na residência oficial de Olivos, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou quarentena total no país, a partir das 0h desta sexta-feira (20), pelo menos até dia 31 de março.
A quarentena será vigiada por soldados do Exército e policiais. Só será permitido o trânsito de pessoas que justifiquem estarem indo comprar alimentos e remédios ou buscar dinheiro em caixas automáticos próximos a suas residências. Também será possível ir a médicos e hospitais para atendimento.
A única outra exceção para uma saída de casa será a de auxiliar um parente doente. As demais terão de contar com autorização das autoridades sanitárias.
Quaisquer movimentações na rua, de carro ou a pé, que saiam destas determinações podem ser punidas com penas de prisão de um a 15 anos, por atentado à saúde pública.
Os bancos estarão fechados, e as operações poderão ser feitas pela internet ou por meio dos caixas eletrônicos. Todo o comércio que não esteja relacionado a venda de alimentos e remédios será fechado, incluindo bares, restaurantes, cinemas e teatros.
A Argentina está tomando esta decisão 16 dias depois da confirmação do primeiro caso, ou seja, duas semanas antes de a Europa ter tomado. Como exemplo, a Itália demorou 30 dias para decretar quarentena total. Com isso, espera-se conter a onda de contágios. Atualmente, há 79 casos de infectados e três mortes confirmadas no país.